A trajetória de Loio-Pérsio é exemplar dos fluxos das tendências artísticas no Brasil entre 1940 e 2000. Tendo iniciado sua prática artística em um ambiente mais formalmente restrito, onde predominava uma figuração politizada e expressionista, repleta de denúncias de injustiça, Pérsio vivenciou em primeira mão o impacto do debate sobre a arte abstrata a partir do segundo pós-guerra. As tendências informalistas abriram novas possibilidades para a experimentação da forma e da matéria, e até para a articulação de subjetividades. Pérsio passou então a estudar a nova pintura, baseando-se inicialmente na abstração, engajando-se assim em diferentes diálogos plásticos baseados nos debates em torno da pop art, do neo-expressionismo e das tendências mais progressistas da pintura do início dos anos 2000.